Oi, meninas!
Sei que vocês querem as dicas dos passeios em Bs As, mas
considero esse post o mais importante pra quem vai fazer essa viagem. Vou tentar dar uma geral sobre minhas impressões e situações que passei por lá e espero poder alertar vocês para que não caiam nas mesmas ciladas, ok.
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Adorei os prédios com arquitetura histórica |
Li muitos blogs e sites pra programar minha viagem, queria ter uma idéia do que iria encontrar lá, saber como são as pessoas, entender mais a moeda, os costumes, compras, enfim. Li muita coisa útil, mas
tive muitas surpresas negativas, coisas que não li em lugar nenhum e é justamente essa visão que quero passar pra vocês.
O tratamento - Li e ouvi que os argentinos não levavam a rivalidade com o Brasil a sério, que são hospitaleiros e gentis. Não tive essa impressão. O que vi foi um povo seco, calado, sem simpatia alguma e senti um descaso com o turista brasileiro. Não sei se a questão econômica pesou e transformou o argentino em um povo mais triste e com baixa auto estima, o que sei é que onde íamos não éramos bem recebidos. Vi uma impaciência enorme quando não entendíamos o que estavam falando, presenciei cara feia inúmeras vezes.
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No bairro Palermo, onde ficamos. |
A excessão - Meu hotel foi uma maravilhosa excessão, lá me sentia segura e tinha a certeza que os funcionários estavam prontos para colaborar com nossa estadia, depois farei um post sobre ele.
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Na frente do hotel Bys Palermo |
Os golpes - Já tinha lido sobre os golpes que os taxistas argentinos estão praticando com turistas, mas o que caímos eu não tinha lido. Caímos bonito! Foi o seguinte, eu e meu marido tínhamos acabado de sair de um restaurante em Puerto Madero, já tarde, rua deserta, e um taxista acabara de deixar um casal no restaurante ao lado. Pegamos o dito cujo que pra variar não trocou uma única palavra conosco, nem mesmo um Boa Noite. Chegando próximo ao hotel, o taxista perguntou se não podia nos deixar na esquina (nosso hotel ficava próximo, mas na outra rua), achamos que não teria problema até porque ele teria que dar uma volta a mais pra ficarmos na frente do hotel. Na hora de pagar, o taxímetro marcava 56 pesos. Meu marido deu uma nota de 50 pesos e uma de 10 pesos. Foi então que o taxista juntou o dinheiro dado ao dinheiro dele e voltou com a nota de 50 mostrando que ela estava rasgada. Pediu que trocássemos a nota, pois não teria problema pra nós. Trocamos. Na agonia, ficamos desconfiados, mas queríamos sair logo daquele ambiente ruim, esquisito. Mas foi eu bater a porta do carro que caiu a ficha: era nosso segundo dia na cidade, não tínhamos recebido troco em lugar algum e nosso dinheiro tinha sido trocado na casa de câmbio que não nos daria um dinheiro rasgado. Chegando ao hotel, mostrei a nota na recepção e nos informaram o que eu já previa: dinheiro falso! Golpe clássico. Portanto, fiquem atentos, pois
isso acontece com muita frequência. Outro golpe que fiquei com ódio foi das
voltas desnecessárias, nos últimos dias já conhecíamos tudo por ali e queríamos voltar ao Centro. Pegamos um taxi que deveria ir praticamente numa reta e eu sabia que a corrida daria no máximo 30 pesos. Depois de mil voltas tivemos que pagar 45 pesos. No meio do caminho eu já tava com vontade de falar poucas e boas praquele cara de pau, não é pelo dinheiro é porque detesto esperteza.
Uma dica importante que pode evitar o golpe da nota falsa é
pegar somente taxis identificados em cima como Radio Taxi, nos lados deve ter o nome e telefone da empresa de taxi e na parte de dentro a identificação do taxista. Além disso,
ande com dinheiro trocado pra não ter que receber troco no taxi. Normalmente na recepção do hotel eles trocam pra você, até porque eles já conhecem os golpes. Isso só evita notas falsas, mas não problemas!
Outro dia, por indicação de uns brasileiros que estavam no nosso hotel, resolvemos jantar num restaurante chamado Madero, que ficava em Puerto Madero numa área onde tem muitos restaurantes um ao lado do outro. Pra evitar stress resolvemos pedir um radiotaxi no lobby do hotel, mesmo tendo que pagar um adicional por isso e tendo que esperar cerca de 10 a 20min. Foram 2 taxis, pois éramos um grupo de 6 pessoas. Não sabíamos a rua exata, somente o nome do local e o bairro, mas eu sabia que ficava próximo a um restaurante famoso que todos os taxistas conheciam. Bom, um taxista foi pelo caminho certo e deixou os 3 no local correto, o outro dizia não saber em que altura ficava, se irritou por não sabermos o endereço e dizia desconhecer o restaurante famoso. Tentei ajudar dizendo para ele dobrar numa certa rua, pois lembrei que havíamos passado por lá. Fomos até o final da rua e não era lá, então concluí que havia outro quarteirão bem parecido e pedi que ele tentasse esse outro quarteirão, pois seria lá o restaurante. Mais uma vez esse
se irritou, levantou os braços, encostou o carro e só faltou nos expulsar do veículo. Um absurdo! Com essa, desistimos do taxi e tivemos que caminhar até conseguirmos um outro taxi que nos levou até esse próximo quarteirão que realmente existia. Óbvio que rolou uma reclamação básica para a companhia de taxi.
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Acabamos trocando o Madero pelo Bahia Madero. Adoramos. O atendimento foi simpático e satisfatório. |
Também farei post sobre os lugares bacanas pra comer, aguardem, são muitos lugares.
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Depois de tanto stress com taxis, até aprendemos a andar de metrô. O metrô é velho, sem manutenção, mas os horários que pegávamos era tranquilo, o único incoveniente é que tínhamos que caminhar muito, pois ficada distante do nosso hotel. |
E por falar em caminhar... tomem cuidado ao andar nas calçadas!!! Ao contrário do Brasil, lá
lugar de cachorro fazer totô é na rua, ou melhor, na calçada mesmo. Aliás, eles adoram cachorro e dos grandes! Andamos bastante a pé e olhávamos mais pro chão que pra frente, é muito
totô, gente!! Eles não tem o costume de recolher a "obra" dos seus
pets. Apelidamos carinhosamente de
doce, então quando algum da turma ia na frente já avisava aos outros "
Olha o doce!!!", mas as vezes acontecia o inevitável. kkkkk Mas somos brasileiros, tivemos senso de humor e levávamos na esportiva,
que jeito!
Meninas, esse post foi mais um
desabafo, mas ficaria com peso na consciência se não contasse o
lado sem glamour da viagem. Falar de moda é um prazer, mas dar dicas que podem ajudar alguém a evitar problemas - pra mim - é melhor ainda. Espero ter contribuído.
Clica aqui nesse link pra ler mais sobre outros golpes por lá. Ah se eu tivesse lido isso antes...